30.5.08
Produzindo com os adultos do EJA
Há alguns dias fiz uma atividade com a turma de 1º período do EJA-Educação de Jovens e Adultos, que gosto muito de realizar com as crianças e o resultado foi bem semelhante.
Apresentei à turma uma caixa contendo alguns objetos e sem que visualizassem seu interior foram pegando aleatoriamente alguns.Como tínhamos poucas pessoas naquela noite os objetos também foram em pequeno número e os seguintes: um leão e uma professora de bonecos plásticos,uma imagem de Nª Sª Aparecida,uma vela, uma concha do mar,um remédio e um sapo de cerâmica.
Com os objetos à mão e na ordem que foram pegos convidei-os a criarem uma história. Acharam a idéia muito difícil no primeiro momento mas com esforço e dedicação construíram essa:
Certo dia um leão chamado João Pedro estava fazendo uma batucada para alegrar as pessoas numa festa.
Enquanto isso a professora Fabíola está se arrumando para ir à festa com seu namorado que foi buscá-la de barco. Ele contou a ela que não conseguiu pescar naquele dia e que os pescadores acharam uma imagem de Nª Sª. Aparecida no mar. Fizeram uma capelinha e acenderam uma vela pra ela.
Mas João, este era o nome do noivo de Fabíola trouxe um presente, uma linda concha do mar com um som maravilhoso que Fabíola adorou.
Chegaram à festa que estava muito animada com todos sambando. De repente dançando muito a professora Fabíola machucou o pé, mas João que era médico logo pegou sua maleta de primeiros socorros onde tinha todo o medicamento necessário para cuidar do machucado.
Mais tarde, eis que chega o Manoel que é um sapo bagunceiro que pulou nas pessoas, atrapalhou a festa e todos foram embora deixando o local abandonado.
Após a atividade também fizeram desenhos relatico a história. É difícil para essas senhoras e senhores, alguns que inclusive não passaram pela escola quando crianças, criarem no contexto escolar, mas devemos aproveitar a experiência de vida que têm e inspirar-nos em Paulo Freire para realizar um trabalho que por mínimo que seja possa colaborar com elas para que se sintam dignas e passem a ser seres pensantes nesta sociedade que tanto preza ainda a ignorância e mediocridade. Vale a pena nosso trabalho que está acima de toda e qualquer dificuldade e impecilhos.
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